Páginas

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Infantícidio nas tribos indigenas brasileiras






O infanticídio dentro das tribos indígenas brasileiras ganhou ênfase com o lançamento e exibição do filme “Hakani – Enterrada viva – A História de uma sobrevivente”, aquilo que há muito tempo era tido como ‘tabu’ dentro das tribos, bem como na sociedade brasileira, hoje, vêm à tona ‘confrontando’conceitos, culturas, costumes e paradigmas.

O curta-metragem faz referencia ao povo Suruwahá, residentes na parte oeste da Região Amazônica do Brasil. Esse povo, segundo fontes, nos últimos 100 anos teve contatos esporádicos com o mundo exterior, sendo que, a maioria desses encontros foram devastadores.

Influenciados pelo único pajé sobrevivente de massacres provocados por intrusos, o povo Suruwahá têm como legado a idéia de que o suicídio é a única esperança para um povo que não possui direção espiritual; e baseados em tal ‘conceito’ cultural, essa tribo ‘encontrou’ no suicídio a receita mais comum e eficaz para se lidar com a dor, a raiva e problemas oriundos da natalidade.

Hakani retrata dois importantes valores do povo Suruwahá: beleza e força. Estes dois valores são mostrados claramente durante a cerimônia de puberdade de um jovem que pretende receber honra e respeito suportando a dor.

Hakani, nascida no ano de 1995, não se desenvolveu nos seus dois primeiros anos de vida; não aprendeu a andar e nem a falar. Logo os suruwahás perceberam e pressionaram os seus pais para sacrificá-la. Entretanto, eles preferiram o suicídio, deixando-a viva com os seus três irmãos, agora órfãos. Posteriormente, o documentário mostra o enterro de Hakani, considerada por seu povo como alguém sem alma, pois, segundo a tradição: “deficiência física ou mental, ser gêmeo ou trigêmeo, nascer de uma relação extraconjugal - todas essas são consideradas razões válidas para se tirar a vida e de uma criança”.

No filme, o infanticídio só não foi consumado, pois Hakani foi desenterrada por seu irmão no último momento, passando a viver banida de sua tribo, por três anos ela sobreviveu bebendo água de chuva, cascas de árvore, folhas, insetos, a ocasionalmente algum resto de comida que seu irmão conseguia para ela. Finalmente, ela foi levada para um casal de missionários que trabalhavam com os Suruwhás, e estes, com amor e carinho cuidaram de Hakani.

Hoje, ela está com 14 anos, adora dançar, desenhar e se tornou um símbolo contra as práticas infanticidas realizadas em aldeias brasileiras.

Resumindo: “Hakani é um documentário dramático que conta a história verdadeira da jornada de uma menina em busca da liberdade e a luta de um povo para encontrar uma voz – uma voz pela vida”.

Em contrapartida, há quem levante dúvidas contra a seriedade e fidelidade do filme, como por exemplo, o sr. Stephen Corry diretor da Survival, que classifica o filme como: “uma encenação; uma junta de filmagens de muitos povos indígenas diferentes que utiliza truques de fotografia para fazer valer os seus argumentos. Ainda de acordo como Corry, o documentário “não foi filmado numa comunidade indígena, a terra cobrindo a cara das crianças é na verdade chocolate e os Índios que aparecem no filme foram pagos como atores”

Finalizando, o diretor classifica o filme como uma “propaganda para apoiar a campanha evangélica para um principio muito perigoso, o chamado projeto de lei Muwaji que foi apresentado no Congresso Brasileiro”.

Portanto, cabe a nós, cidadãos brasileiros, amantes da teologia, estudantes da sociologia, e defensores da vida (dádiva de Deus), questionar e pesquisar a veracidade do filme, bem como a idoneidade e ‘imparcialidade’ do sr. Stephem Corry;
Que a graça de Deus superabunde em nós!

Referências

http://www.hakani.org/pt/
http://www.survival-international.org/
Postado por sylasneves http://sylasneves.blogspot.com/2009/03/infanticidio-nas-tribos-indigenas.html

0 comentários: